Uma das melhores ferramentas para praticar a percepção da
saciedade é chamada de Tempo de Permanência da Saciedade (retirada do Livro
Nutrição Comportamental da Ed Manole).
O propósito da ferramenta é analisar o tempo que levamos
para sentir fome novamente a partir do momento que terminamos a refeição. Esse
tempo é chamado de sustentabilidade, ou seja, por quanto tempo aquela refeição
nos “sustentou” até precisarmos comer novamente (meia hora, uma hora, duas, cinco
horas?).
Através desse exercício, podemos inclusive comparar
diferentes tipos de preparações (ex: arroz, feijão, carne e couve x macarrão a
bolonhesa) para avaliar individualmente quais alimentos trazem uma sensação mais
prolongada de saciedade. Nesse exemplo, sabemos que as proteínas e fibras presentes
na primeira refeição retardam o esvaziamento do estômago e prolongam a
saciedade, ao contrário do macarrão por exemplo que é rapidamente absorvido e
metabolizado.
A capacidade de prolongar a sustentabilidade não quer dizer
que um alimento é mais ou menos saudável do que outro, apenas que alimentos
diferentes são digeridos de maneira diferente, e que até o mesmo alimento, para
pessoas diferentes pode trazer uma duração maior ou não da saciedade.
Observar como diferentes alimentos atuam no nosso corpo e
como modificam a percepção de sinais internos ajuda a planejarmos as próximas
refeições dependendo do contexto. Se sei por exemplo, que terei uma reunião
demorada no trabalho, o ideal é escolher alimentos com proteína e fibras que
prolonguem essa saciedade, ao contrário de um pequeno lanche, por exemplo, em
que apenas uma fruta ou iogurte pode ser suficiente para sustentar até a
próxima refeição.
Já pensou em analisar a duração da saciedade das suas
próximas refeições?
Marcela Gallo Oliveira – Nutricionista – CRN 3 55571
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