Saciedade x Satisfação: Quais as diferenças?

 



Percepções sobre satisfação: Você está comendo o que gosta? Você comeria algo a mais que não se permite?

Você sabia que estar satisfeito(a) não é o mesmo que estar saciado(a)?

A saciedade é a sensação física que indica que podemos parar de comer (sensação de estômago cheio, leve estufamento, percepção de estar confortável fisicamente com o que foi ingerido).

A satisfação, por outro lado, pode acontecer de forma independente a sensação de saciedade, e está relacionada a gostar ou não daquilo que foi consumido, considerando o quanto de prazer aquela refeição trouxe.

É importante que consideremos o fator satisfação (inclusive esse é um dos pilares do comer intuitivo) em nossas refeições. A refeição prazerosa é aquela que satisfaz pelo menos um dos diferentes tipos de fome (fome dos olhos, do nariz, ouvido, boca...) e que traz uma sensação de paz e leveza com o que foi consumido. Uma mesa bem arrumada com utensílios bonitos e a prática do comer com atenção plena são outros fatores que influenciam no prazer.

Se a refeição não for prazerosa (e saiba que mesmo o consumo de alimentos “saudáveis e nutritivos pode ser prazeroso), a chance de buscar algum alimento que traga a sensação rápida de prazer (principalmente os ricos em açúcar e gordura) em um curto espaço de tempo, mesmo estando saciado(a), é muito grande.

Para ilustrar a importância da satisfação, vamos pensar em uma personagem, a Joana. Joana é universitária e pela praticidade tem almoçado todos os dias no “bandejão” de sua universidade. Porém, a comida de lá é bem diferente da que fazia com sua mãe em casa, e ela não gosta das preparações e nem do tempero utilizado. Por isso, todos os dias, apesar de estar saciada (com estômago cheio) busca um docinho na cantina para trazer a satisfação que ficou faltando em seu almoço “sem graça”. Só que esse consumo geralmente ocorre durante a aula e sem atenção, o que a leva comer uma quantidade maior.

Percebeu o quanto é importante que além da saciedade tenhamos também refeições prazerosas e que contemplem a satisfação? No nosso exemplo, consumo de doce poderia sim acontecer, porém, de forma mais perceptiva e não obrigatória, apenas para satisfazer uma vontade genuína e não para compensar um almoço ruim. A permissão para comer de forma atenta é a chave do equilíbrio alimentar.

E você? Já reparou na sua satisfação após as refeições?

Marcela Gallo Oliveira – Nutricionista – CRN 3 55571

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