Diário alimentar: um aliado no seu processo de
reconexão
Não é por acaso que o diário alimentar é uma das primeiras
ferramentas propostas pelo nutricionista que trabalha com mudança de comportamento.
Esse diário alimentar “comportamental” é um pouco diferente
do tradicional. A ideia é que a pessoa escreva sobre a alimentação do dia,
considerando também aspectos do comportamento, com objetivo de desenvolver uma
autopercepção sobre sua alimentação e assim, identificar padrões alimentares e
emocionais.
Costumo propor dois tipos de diário: um já na primeira consulta
contendo minimamente algumas informações, dentre elas, o horário das refeições,
o que foi consumido e quantidade (a quantidade consumida é opcional, e deve ser
descrita em medidas caseiras, sem necessidade de pesar a comida), o local em
que a refeição foi realizada e com quem, além de observações gerais sobre o
contexto da refeição (pensamentos, sentimentos, influências nas escolhas alimentares),
sobre a prática de atividade física, consumo de água, e demais sintomas
(funcionamento do intestino, gases, náusea, etc).
Já na segunda consulta, após explicar um pouco sobre
percepção de fome e saciedade e como pontuá-las, proponho um diário alimentar
mais completo, já que além das informações anteriores, a pessoa irá pontuar
também a fome antes da refeição, a saciedade após a refeição e a satisfação (se
gostou ou não do que comeu).
Costumo dizer que os julgamentos e culpa ficam do lado de
fora do consultório, e não devem ser trazidos ao conversar sobre o diário,
afinal, não existe alimentação perfeita, e não existe certo e errado no
preenchimento. O objetivo é ter um retrato de sua alimentação atual e fatores
que a influenciam para que possamos trabalhar com metas graduais a partir da
sua rotina atual.
Você já preencheu o diário alimentar algumas vez? Como foi
essa experiência para você?
Marcela Gallo Oliveira – Nutricionista – CRN 3 55571
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