A abordagem comportamental na alimentação pode ser mais desafiadora que uma dieta
Algumas pessoas acreditam que a nutrição comportamental é permissiva demais, que se pode comer qualquer coisa, em qualquer horário e em grandes quantidades, ou ainda, que como não há uma dieta rígida a ser seguida, não demanda tanto esforço.
Essas ideias estão completamente erradas.
Em um primeiro momento, pode parecer muito libertador poder comer de tudo, e por isso, exageros podem acontecer, já que o organismo está acostumado a restrição ou a "começar a dieta na segunda feira".
Um dos pontos mais importantes a ser trabalhados na mudança do comportamento alimentar é a reconexão com os sinais de fome e saciedade, esse processo por si só já demanda algum esforço, pois estamos acostumados a ignorar nosso corpo para seguir regras externas por muitos anos.
Cada consulta de Nutrição na abordagem comportamental tem uma atividade para casa, seja a escrita daquilo que se consumiu na última semana (e o contexto de consumo), a montagem de um cartão de enfrentamento, a escrita de um caderno da auto motivação, a organização das atividades diárias por prioridade, teste de novas receitas, metas específicas, enfim. Além de sim, reajustes na alimentação e montagem de um plano alimentar em conjunto.
Costumo falar para os meus pacientes que nessa abordagem o trabalho e dedicação dele são ainda mais importantes para que possamos alcançar o sucesso.
Uma frase que resume bem esse espírito é:
"O nutricionista coloca o paciente no comando do carro e se senta no banco do passageiro para que possam viajar juntos".
Marcela Gallo - Nutricionista - CRN 3 55571
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