Muitos pacientes nutrem um certo medo de serem repreendidos ou até julgados pelo nutricionista, devido à escolhas alimentares que o próprio paciente considera "erradas" ou "deslizes".
Quero destacar alguns pontos importantes nesse tipo de pensamento.
O primeiro é que ao pensar assim, o paciente ainda está muito preso na mentalidade de dieta, ou seja, acredita que comer determinados alimentos é bom (ou certo) e que consumir outros é ruim (ou errado). Não estou dizendo aqui que quem tem essa mentalidade deveria se sentir culpado, apenas estou convidando para uma nova reflexão. Não existem alimentos bons ou ruins, não existem alimentos que por si só engordam ou emagrecem. Existe o contexto e frequência para que cada um desses alimentos apareça em sua vida. E está tudo bem se naquela semana em específico você sentiu que consumiu alimentos mais calóricos ou com maior teor de gordura e açúcar.
O nutricionista não está ali para te julgar por isso. E sim, para entender o que estava acontecendo em sua rotina naquela semana e qual foi o contexto em que esse consumo aconteceu. Será que foi mesmo exagerado? O que você fez de bom e não estava conseguindo enxergar?
O papel do nutricionista é focar em seus acertos e tentar ajustar as metas propostas para que caibam em sua rotina. A mudança de comportamento alimentar é algo muito complexo, que envolve retorno a comportamentos antigos, que já são quase "maquinais".
Saiba que o profissional irá te acolher e que juntos vocês irão descobrir novos caminhos para conquistar seu objetivo. Por isso, mesmo que você não tenha conseguido cumprir as metas ou pense que "fez tudo errado" é importante que você retorne as consultas seguintes.
Marcela Gallo - Nutricionista - CRN 3 55571
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