Se sua rotina é corrida, você já deve ter deixado a fome de lado em algum momento, não é mesmo?
Para ilustrar como isso pode acontecer mais facilmente do que imaginamos, vou trazer o exemplo da Vitória.
Vitória trabalha em escritório, com diversos relatórios e projetos que têm prazo apertadíssimo. Por isso, muitas vezes, usa o horário do almoço para conseguir deixar tudo em dia, e come um lanche qualquer na mesa de trabalho, sem atenção, enquanto finaliza seus projetos, e em outros dias, até esquece de comer e só se lembra no final da tarde.
Essa rotina lhe parece familiar? Se sim, quero te dizer uma coisa: sua fome não é negociável, e se você a “deixar para depois” seu corpo vai cobrar o preço.
Comer é essencial à vida, assim como ir ao banheiro ou respirar. Experimente segurar completamente o ar por alguns segundos. Em algum momento, você não vai conseguir sustentar e irá respirar novamente, puxando muito ar, até reganhar o fôlego. Com a comida, acontece o mesmo, em algum momento a necessidade de comer o que se está restringindo será inevitável.
Mesmo na primeira situação, em que a Vitória, come algo rápido durante o trabalho, você concorda que não há atenção na refeição? Ela não percebeu sua fome antes de comer, não percebeu sua saciedade após a refeição, e está comendo sem prazer. Isso também promove o exagero alimentar.
Não digo que tenhamos que estar presentes 100% do tempo, mas dar à alimentação o espaço que ela merece é essencial para desenvolver uma boa relação com a comida. Você tem horário de almoço? Reserve ao menos 30 minutos para fazer uma boa refeição com presença.
Lembre-se sempre: atender a fome é inegociável para viver, assim como respirar.
Marcela Gallo Oliveira – Nutricionista – CRN 3 55571
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