Alguns pacientes acreditam que não conseguiram seguir uma dieta antes por falta de foco ou motivação, e ficam impressionados ao refletir sobre como as dietas restritivas os desconectam de seus sinais de fome e saciedade, e esse é um dos motivos pelos quais é tão difícil segui-las, além de claro, não considerarem que comemos por outros motivos além da nutrição do corpo.
As dietas com quantidades calculadas de alimento não consideram uma questão muito importante: a nossa fome não é a mesma todos os dias. Colocar exatamente a mesma quantidade de comida no prato nos faz automaticamente desrespeitar os sinais do corpo.
Há dias em que você pode estar com mais fome pois comeu algum alimento na refeição anterior que não trouxe tanta saciedade, ou até porque precisou ficar algumas horas a mais sem se alimentar, ou ainda porque praticou uma atividade física mais intensa no dia. Todos esses fatores influenciam na fome.
Outros fatores podem influenciar para que tenhamos menos fome naquela refeição, como ter consumido alimentos que prolongam a sensação de saciedade na refeição anterior, ter feito outra refeição há pouco tempo, ou até mesmo o estado emocional pode contribuir para que a fome diminua.
É muito importante perceber como a fome aparece para você: é o estômago roncando? Dor de cabeça? Sensação de fraqueza ou cansaço? Uma leve tontura? Irritabilidade mais fácil? Quando a fome aparecer, atenda-a, modulando as quantidades de sua refeição.
Se chegou o seu horário de almoço por exemplo e por algum motivo você não está com tanta fome, diminua as porções, invista nos legumes e verduras, planeje o seu lanche da tarde. Se a fome estiver intensa, coma devagar, invista nas fontes de proteína (feijões, carnes, ovos), vegetais folhosos, perceba os sinais da saciedade.
Lembre-se: a dança da fome tem um ritmo imprevisível.
Marcela Gallo Oliveira – Nutricionista – CRN 3 55571
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