Gosto muito de reforçar que a percepção dos sinais internos de fome e saciedade é a chave para uma reeducação alimentar bem-sucedida.
A capacidade de entender como os sinais de fome física
surgem (a partir de uma dorzinha de cabeça, barulhos no estômago, sensação de
baixa de energia ou fraqueza, leve tontura, entre outros) pode ser treinada,
basta que você se atente às suas sensações. A partir da percepção de que você
está sentindo fome física, é interessante perceber a intensidade. Qual a
pontuação para essa fome de 0 (nada intensa) a 10 (muito intensa)? A partir
dessa pontuação você consegue decidir o que comer, dentre o que está
disponível, e qual a quantidade a ser consumida.
Comendo devagar, com atenção no momento, é possível começar
a sentir sua saciedade, percebendo a fome diminuindo, e o início da sensação de
estar “confortavelmente cheio”, que pode demorar de 15 a 20 minutos a partir do
início da refeição.
Além da percepção de fome e saciedade, é importante
perceber também que na ausência de sensações físicas e desejo por alimentos
específicos, provavelmente trata-se de uma vontade de comer, que deve ser
diferenciada da fome emocional (tentativa de lidar com emoções usando a comida).
A percepção dos sinais físicos vai além da percepção de
fome e inclui a percepção da sensação de sono, assim como a qualidade do sono
na noite anterior e nas últimas semanas. E ainda, a percepção da sensação de
sede (indicando desidratação) que muitas pessoas podem confundir com a fome.
Essa habilidade de reconexão com os sinais internos está
bem intensa na infância, mas ao longo dos anos, por um desrespeito aos nossos
sinais, ela vai sendo perdida.
Que tal começar a trabalhar em um resgate de suas
sensações?
Procure um nutricionista para te ajudar.
Marcela Gallo Oliveira – Nutricionista - CRN 55571
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