Uma das minhas principais ressalvas em relação a dietas
restritivas é a quantidade de comida ser calculada sem levar em consideração os
sinais de fome e saciedade.
Não acredito que tenhamos que comer exatamente a mesma
quantidade em cada refeição todos os dias, até porque as atividades que
desempenhamos em cada dia são diferentes. Há dias em que acordamos muito cedo,
outros um pouco mais tarde, dias em que a atividade física foi bem intensa, e
outros em que passamos a maior parte do dia sentados. Há dias em que o tempo do
almoço até o jantar é mais distante, ou até mesmo dias em que podemos pular uma
refeição já que a próxima está chegando.
As dietas restritivas também não consideram que há dias em
que pegamos um pouco mais de comida, por estar bonita, cheirosa ou atrativa de alguma
forma, mas ao perceber os primeiros sinais de saciedade, notamos que sobrou um
pouco de comida no prato, e tudo bem.
Não estou incentivando aqui o desperdício de alimentos,
afinal, você pode guardar a comida que sobrou na geladeira para comer mais
tarde ou até para usar como parte de uma preparação. Um frango assado, pode fazer
parte de um macarrão na próxima refeição, de uma sopa de legumes ou até de um
lanche natural.
O que incentivo é essa percepção da saciedade, o estado de
estar confortável com aquilo que se consumiu. Sem se sentir estufado(a), mal ou
desconfortável.
Por isso, não tenha medo de deixar comida no prato. Aos
poucos, sua conexão com sua saciedade estará tão “afinada” que você irá ajustando
as quantidades ao se servir, considerando todas as questões e particularidades
de cada dia, e notando que tudo bem não comer sempre a mesma quantidade,
afinal, a alimentação é muito mais do que apenas nutrir-se.
Marcela Gallo Oliveira – Nutricionista – CRN 3 55571
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