Em defesa do arroz e feijão...


 Muitas pessoas que já começaram a modificar a alimentação antes de passar em consulta comentam que cortaram por conta própria o arroz e feijão. 

Sempre pergunto se a pessoa cortou esses alimentos pois não gosta, mas na maioria das vezes, os alimentos foram retirados da dieta por uma crença equivocada de que faziam mal ou que contribuíam para o ganho de peso. 

O que observo para grande parte dessas pessoas é um aumento da vontade por doces e carboidratos refinados no período da noite. Afinal, retiraram uma das principais fontes de carboidrato do almoço e do jantar, a energia do organismo. Algumas horas depois, é normal que ele esteja "pedindo" pelos carboidratos que oferecem carga de energia mais rápida como os doces. 

O feijão e arroz são alimentos super nutritivos e complementares do ponto de vista proteico. O feijão é rico em lisina, aminoácido que ajuda a fortalecer a imunidade, e o arroz é rico em metionina, outro aminoácido importante. Além disso, os feijões são as principais fontes de proteína vegetal, o que é uma vantagem, pois apresentam baixo teor de gordura, diferente das proteínas de origem animal. Devido a isso, essas leguminosas são essenciais na alimentação de vegetarianos, por exemplo. Além disso, os feijões também são ricos em fibras, que estimulam a saciedade. O arroz integral tem a maior quantidade de fibras dentre os tipos de arroz, já que é menos processado. O arroz parboilizado tem maior quantidade de fibras que o arroz branco e é uma opção para quem não gosta muito de arroz integral. 

O ideal é que os carboidratos (arroz + tubérculos + farofa) ocupem cerca de 1/4 de seu prato e que as proteínas vegetais (leguminosas - feijões, grão de bico, lentilha, ervilha) e animais (carne, frango, peixe ou ovo) também ocupem cerca de 1/4 do prato. Cerca de 1/2 é reservado para verduras e legumes. 

Faça as pazes com o arroz e feijão!!!

Marcela Gallo - Nutricionista - CRN 3 55571

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